O grande catalisador da invenção
de robôs foi a Revolução Industrial. Com ela, foram desenvolvidos e
aperfeiçoados dispositivos automáticos capazes de manipular e executar peças,
permitindo a automatização da produção. Produzir em escala trouxe destaque à
manipulação de objetos e acelerou o desenvolvimento de manipuladores.
Em 1738, foi criado o primeiro
robô funcional por Jacques de Vaucanson, que fez um androide que tocava flauta,
assim como um pato mecânico que comia e defecava.
Em 1898, foi exibido, no Madison
Square Garden, o barco teleoperado inventado por Nikola Tesla, e que segundo as
definições modernas, muitos consideram ser o primeiro robot.
Em 1922, a palavra robô foi
utilizada pela primeira vez numa peça de teatro criada pelo checoslovaco Karel
Capek mas quem a inventou foi o seu irmão Josef Capek, sendo que a sua origem
vem da palavra checa robota que
significa “trabalho forçado”.
Nos anos 30, a então denominada
Westinghouse Electric Corporation fez um robô humanoide conhecido como Elektro
e que foi exibido no World's Fair de 1939 e 1940.
A aplicação de robôs mais
generalizada é a industrial, isto é, exercendo funções repetitivas de produção
direta ou de controlo de processos de fabrico, em vários ramos da indústria.
Certas fábricas de automóveis estão hoje completamente robotizadas, precedendo
os robôs às tarefas de, por exemplo, soldadura por pontos, aplicação de
parafusos e/ou pernes, ajustes mecânicos, pintura, entre outros. As vantagens
dos robôs industriais podem resumir-se da seguinte maneira: flexibilidade, alta
produtividade, melhor qualidade dos produtos e aumento da qualidade da vida
humana, pelo desempenho de tarefas indesejadas.
Eles também são usados na
medicina: um exemplo é o robô Da Vinci. Ele opera com precisão a retirada de
tumores em uma região de difícil acesso e lidera, em número, as cirurgias para
retirada da próstata nos Estados Unidos (mais de 80% dos procedimentos). Com
quatro braços e possibilidade de realizar cirurgia com mais de um instrumento,
por meio de incisões de poucos milímetros, o robô é hoje a tecnologia mais
avançada existente no Brasil, importada da empresa Intuitive Surgical, dos
Estados Unidos, fabricante mundial do produto. Desde 2008, o Da Vinci pode ser
visto em ação em três hospitais privados de São Paulo (Hospital Albert
Einstein, Hospital Sírio Libanês e Hospital Alemão Oswaldo Cruz). O robô não
opera sozinho: é guiado por um cirurgião (sentado em um console) e acompanhado
por mais dois médicos e um anestesista. O equipamento permite uma visão
ampliada em 15 vezes e com imagens em três dimensões do local da cirurgia.
Segundo o coordenador do Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica do
Hospital Israelita Albert Einstein, Robinson Poffo, o equipamento foi criado
para operar durante a Guerra do Golfo, ocorrida em 1990. Mas, como o sistema é
frágil, não elimina a presença do cirurgião. Sem utilidade para a guerra, os
Estados Unidos aperfeiçoaram e começaram a utilizar o robô na mesma década.
Os robôs também são intensamente
empregados na exploração espacial. Eles são uma escolha alternativa às missões
tripuladas, que põe em risco a vida dos astronautas. Têm sensores, câmeras,
brocas, mecanismos, instrumentos de perfuração e outros recursos, que permitem
medir e analisar ambientes desconhecidos.
Existem também tarefas a serem
realizadas em lugares onde a presença humana se torna difícil, arriscada e até
mesmo impossível, como o fundo do mar ou a imensidão do espaço. Algumas das
tarefas dos robôs nestas condições são: a desativação de minas, as operações de
busca e salvamento, as pesquisas submarinas e a inspeção de locais perigosos,
tais como: áreas de catástrofe, vulcões, reservatórios de gás, centrais
nucleares e linhas de alta tensão.
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